jardins-episódios da bacia do cercadinho
Carla Magna, Elisa Marques, Luiza de Paula, Núria Manresa e Sarah Costa
Uma das 5 missões da Mostra é levantar as múltiplas abordagens etnobotânicas do território urbano. Entre os escolhidos para a viagem, achamo-nos, a Luiza para a botânica, a Elisa para o afeto, a Sarah para os cultivos nativos em quintais ciliares, a Carla para articulação local e cultivos públicos e a Núria para invenção de espaços plantados. A honrosa escolha recaiu em nós cinco e recebemos, portanto, a 5 de Setembro de 2020, o aviso de seguir viagem quanto antes para a Bacia do Cercadinho, na zona oeste da megalópole Belo Horizonte.
Em uma série de 4 vídeos e uma publicação, apresentamos os “Jardins-Episódios da Bacia do Cercadinho”.
As peças combinam poesia e prosa, fabulação e documentário, performance e escuta, associando textos, fotografias, ilustrações, grafismos e áudios, e constituindo narrativas pelo fragmento e pela colagem. Nossas interações, remotas e hipermediadas, configuraram uma espécie de etnografia vaporosa. Foi por meio de nossas conexões instáveis, mas nada superficiais, que vivenciamos os episódios de jardinagem que aqui compartilhamos.
São histórias vividas, imaginadas e sonhadas, no calor da terra, no frescor da água e no espaço imaterial das redes e de nossas mentes, combinando as experiências de cada jardineira, o processo de encontro e convívio entre nós e reflexões sobre temas da natureza urbana, ecofeminismo, colaboração interespecífica, etnobotânica.
A noção de jardim é ampliada para um terreno subjetivo, imaginário, visceral, terroso, aquático, vegetal e mineral; e a bacia hidrográfica torna-se universo, para além de uma área por onde se delineiam caminhos de águas.
Musa do Cercadinho
Musa Paradisíaca
Havaí
Em busca de rotas biogeográficas originárias
Coração Magoado
Os meus, os seus, os nossos
Água e fogo
As enchentes e as queimadas.
O silêncio e a raiva